Um modelo de automóvel das décadas de 1970/80 batiza a banda, como num anúncio: Vendo 147 – talvez porque os carros antigos sejam uma paixão que não envelhece, assim como o rock. Fato é que este quinteto baiano, uma formação nova, de menos de um ano, sabe bem tratar de negócios. Negócios musicais. Desde o primeiro show, em junho passado, um cuidadoso planejamento tem garantido a presença da banda em palcos de todo o país. E lá já vêm novas datas, em importantes eventos da cena independente nacional.
Primeiro grupo brasileiro a apresentar o “clone drum” – ou seja, ter dois bateristas dividindo o mesmo bumbo, simultaneamente –, o Vendo 147 faz rock instrumental, tocado pela dupla Glauco Neves e Dimmy ‘O Demolidor’ Drummer na bateria, Pedro Itan e Duardo Costa com as guitarras e Caio Parish no baixo. Esta composição inusitada é, segundo eles, “coisa simples”: “Estamos falando de dois bateristas, e não de duas baterias. Um de frente para o outro, sincronizados, como gêmeos, clones”, resume o release.
O som que daí resulta começa agora a virar o primeiro disco, produzido por andré t (ainda falaremos muito nele, pode esperar). A Vendo 147 entra em estúdio este mês, mas já apresenta um trabalho prévio num EP com quatro músicas, com produção de Jera Cravo e da própria banda. “É basicamente um EP de rockão, rock riffado, digamos assim. São canções anteriormente criadas por Glauco Neves, em que colocamos a nossa nova roupagem”, explica Dimmy ‘O Demolidor’.
Este trabalho ganha força com a experiência dos integrantes da banda, músicos atuantes do cenário baiano muito antes de a Vendo 147 nascer. “Seguimos à risca o que planejamos, sempre dando o passo que a perna pode dar e divulgando ao máximo por todos os cantos do país. Logo no início, depois de tocar três vezes em Salvador, já saímos para shows fora do estado”, relembra Dimmy. A iniciativa incluiu no currículo passagens em Aracaju, São Paulo, Campinas, Belo Horizonte, Natal (Festival DoSol), Recife (Festival DoSol Drops) e João Pessoa (Festival Aumenta Que é Rock). Quer mais? Pois tem: no próximo dia 17, eles voltam a Recife para participar do Abril pro Rock e, em maio, estão entre as atrações da Virada Cultural de São Paulo, do Festival Bananada, em Goiânia, e do Festival Maionese, em Maceió. Tudo isto sem nem ter chegado ao primeiro aniversário.
“O nosso foco levou tudo isso a acontecer. Estamos felizes com a repercussão e reconhecimento, mas sabemos que temos que trabalhar mais e mais para atendermos às expectativas”, define Dimmy, que finaliza: “O grande barato é sairmos de casa pra tocar em outras cidades e sermos superbem recebidos. Hoje em dia, as pessoas reconhecem que o mercado independente baiano é muito interessante, com excelentes bandas que, quando saem daqui, se destacam pelo potencial”.
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